domingo, 30 de janeiro de 2011

Um autógrafo muito especial


foto: Plinio de Arruda Sampaio e Lucelena Maia
no auditório da UNIFAE
Foi uma honra a participação do Acadêmico Plínio de Arruda Sampaio na transição de Diretoria Biênio 2011/2012 da Academia de Letras de São João da Boa Vista, na noite de ontem, na UNIFAE. Saiu a presidente Maria Célia de Campos Marcondes e equipe, assumindo o cargo o amigo Francisco de Assis Carvalho Arten e equipe.
Plinio proferiu interessante e descontraída palestra, salientando a importância da cultura na vida das pessoas. Não economizou elogios para os projetos da Academia, em especial ao projeto "Redação na Escola", que há dois anos desenvolve temas importantes com os alunos de todas as escolas da cidade, do ensino fundamental e médio, levando-os a pesquisarem muito para abordarem os temas solicitados.
Esse projeto foi idealizado e trazido por mim, Lucelena Maia, para a Academia de Letras, desde que me tornei Acadêmica, em outubro de 2009 e porque Maria Célia achou-o interessante e ia ao encontro da vontade da Academia, já a algum tempo.
Plinio não só o elogiou como, colocou-se a disposição para ajudar na sua elaboração, inclusive no quesito tema, deixando a sugestão de que, se trabalhe a História Política do país, pois sempre que dá palestras percebe que o povo brasileiro não tem preparo cultural político, desconhecendo aqueles que fizeram história em nosso país.
No final da noite ele autografou seu livro "Por que participar da política?" e para mim, escreveu:
"Para Lucelena, que realize seu trabalho admirável no campo da cultura e que, espero, virá somar-se à luta socialista! O abraço do Plínio"
Claro que fiquei lisonjeada em tê-lo ouvido falar tão bem do projeto que coordeno, aqui na cidade de São João, na Academia de Letras. Foi prazeroso trocar algumas palavras com esse político de respeito e pessoal admirável.
Lucelena Maia

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Tons e sons...


Tons e sons...
lucelena maia

Com acentuados olhos, a natureza
observa a ação do homem,
seu desprezo e sua rudeza,
a pequenez e a selvageria,
o descaso, dia após dia
a usá-la com total frieza.

Também o ar sofre esse fastio
e desdenhosa indiferença
com poluentes impenitentes
fazendo do pulmão da vida
uma doença incombatente
tal qual ao homem suicida.

O meio ambiente com avarias
devolve à terra devastação,
infortúnio, driblando a sorte,
lágrimas salpicando palidez,
seca e fome chamando a morte -
enchentes bebendo muitos de uma só vez.

É preciso reverter o que vai longe
arregaçar as mangas, ter interesse
cuidar com zelo das nossas cidades
ouvir atentos o choro da natureza
ter-lhe respeito e boa vontade
mostrar-lhe generosidade e nobreza...

...Para que um dia, na alvorada do entardecer
quando o pôr do sol refletir belezas
reconhecidos nela e na sua essência -
floresta, lago, rio e montanhas
ou árvore no concreto - por experiência,
possa o homem estar em suas entranhas.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sombras de uma profecia


Pequeno trecho do livro "Sombras de uma profecia" de Lucelena

(pág.200)
A porta foi aberta. Victor surgiu com o semblante pesado, como se a empresa repousasse sobre seus ombros. Passava das vinte horas. Deu um rápido beijo no rosto de Carolina e, em seguida, retirou-se para o banho, deixando apenas os poemas de amor de Fernando Pessoa, pairando no ar.

"O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pr'a ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela advinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!"