quinta-feira, 2 de abril de 2009

Nada em vão



Nada em Vão
lucelena maia

Assim como tu, também vagueio
num desatino de passos solitários,
inutil caminhar; volto e páro
diante da porta de meus anseios

Ao tempo, que se me diz amigo,
entrego a saudade trazida comigo,
a cada manhã, nessa nova morada

E, aos pés da Serra da Mantiqueira
de pura beleza pr'os meus olhos
ajoelho-me, caro amigo, e oro,
oração de uma forasteira

Que, um dia, pisou esse chão
aprazada em não ficar em vão,
pronta a abrir portas fechadas

São João da Boa Vista/SP - 2009

Um comentário:

Heloise Amorim disse...

amei sua nova poesia! quanto mais te conheço, mais te admiro