Esta é a capa da revista Atua de dezembro de 2008, com tiragem trimestral, criação e realização da ACE - Associação comercial e empresarial de São João da Boa Vista, por sua presidente Ana Claudia Z.C. Ribeiro Santos, também a amiga jornalista Heloise Amorim, entre outros profissionais.
Atua completa um ano e segundo Ana Claudia, encontraram muitas dificuldades para editá-la, mas venceram cada obstáculo graças ao esforço e dedicação dos envolvidos. Há novidades para a próxima edição com objetivo de aumentar a interatividade entre a revista e o leitor. Você saberá como lendo a carta ao leitor, assinada pela presidente, na página 4 da revista.
Convidada a escrever para essa edição, eu colaborei com o texto;
2009, como viveremos
Eu queria mergulhar nos olhos de meus amigos, familiares e aquelas pessoas com quem cruzo pelas ruas, semblantes preocupados, para mostrar-lhes caminhos floridos na manhã de cada dia, ser-lhes o norte para este ano que já se anuncia e desejar-lhes bons sonhos, paz, amor e alegria, mas existe uma pergunta que não cala. 2009, como viveremos?
Apesar de já estarmos batendo à porta do ano novo parece-nos difícil respondê-la com exatidão.
Muita coisa acontecerá ainda este ano e, diga-se de passagem, 2008 tem sido castigado com a crise do mercado imobiliário americano que se espalhou pela economia do mundo todo gerando a crise financeira mundial que temos acompanhado.
Será possível antecipar ou conhecer as tendências do futuro próximo (bem próximo) em nosso país se, em parte, dependemos do controle da crise financeira externa? Parece que a confiança começa a voltar ao sistema de crédito internacional, mas dizem os comentaristas econômicos que devemos torcer para que não aconteça a desaceleração ou recessão, que é assunto grave e quase inevitável.
Estamos sobressaltados (quando digo estamos, refiro-me a você e a mim) e cheios de dúvidas com a instabilidade das bolsas de valores ao redor do mundo e aqui, além da instável taxa de câmbio no Brasil, apesar das medidas tomadas pelo ministério da fazenda com as intervenções do Banco Central.
Queremos um sinal para voltarmos a ser otimistas, coisa de brasileiro cansado da vida dura, de tanto trabalho, das poucas alegrias, mas a realidade é dura, fria e calculista e não aponta um final muito feliz a curto prazo para esta crise mundial, então, sem exageros nos gastos, vamos chegar ao Natal conscientes que devemos colocar a mão no bolso com reservas, sem nos endividarmos. Mas, também, sem deixarmos a crise abalar a tradição de troca de presentes, tão importante como a confraternização, nessa data.
Quanto a 2009, vamos recebê-lo como fizemos anteriormente, com confetes e serpentina pelos salões da cidade ou em casa, na praia, em algum restaurante, entre desconhecidos tão somente, não importa, mas brindando a sua chegada agradecidos pela oportunidade de presenciarmos mais uma vez a virada do ano. Ah! E com todas aquelas superstições, para dar sorte. Não esqueça!
De coração, desejo um feliz Ano Novo para o mundo, para o Brasil e em especial para você, que está lendo este artigo.
Lucelena Maia é escritora e poeta
( esse texto pode ser lido na página 74 da revista)